Conto: Por Que Estamos Sós (Por Flavio Medeiros Jr.)
– Batendo perna na rua, né, vagabunda? – disse Tadeu, escornado no portão da casa ao lado, a voz escorrendo pegajosa depois de umas tantas doses.
Imaculada sorriu, aquele mesmo sorriso gasto que pretendia ser doce, o queixo timidamente comprimido contra o peito enquanto acelerava o passo através do jardim, até a porta de entrada da casa. Girou a chave, com um tremor quase imperceptível na mão. “Deus há de ter piedade dele”, pensava, os dentes trincados, sem nem se voltar para o vizinho, que sabia estar olhando para ela por cima do muro, com aquele olhar nublado, os cantos da boca puxados para baixo. Toda sexta à noite, religiosamente, Imaculada ia à igreja agradecer pela boa semana e pedir a Deus que o fim de semana fosse ainda melhor. O vizinho bêbado sabia disso, mas não perdia a oportunidade de provocá-la com suas ofensas. “É um pobre-coitado”, pensava, afastando, com um abano de cabeça e uma fungadela, a pontada de raiva que ameaçava eclodir. Recompôs-se com um suspiro.
Cruzou a casa vazia até o quarto que um dia fora da falecida mãe, onde ainda mantinha o altar com a Virgem Santíssima. Ajeitou as flores de um lado e o vidrinho do outro, contendo a água, benzida pelo Papa quando esteve na cidade havia dois anos, como sempre fazia. Suspirou mais uma vez e olhou ao redor, a cama da mãe vazia há quatro anos, o colchão ainda escavado no centro, no local onde aninhara o corpo sofrido da velha senhora em seus últimos meses. Estreitou os olhos ao inspecionar as paredes, manchadas pela umidade. Precisava pedir uma ajuda a Divino, o irmão, para consertar a calha do telhado. Deu-se conta de que não falava com Divino havia meses. Surpreendeu-se, por um instante, com o quanto já estava habituada à solidão.
Imaculada havia sido a mais velha, a única mulher de quatro filhos. Quando o pai morreu de cirrose, por causa da maldita bebida do demônio, como a que consumia seu vizinho Tadeu, ajudou a mãe a criar os irmãos. Divino, o segundo filho, sempre foi o mais independente. Nunca reclamou das dificuldades da vida, arrumou pequenos empregos para custear seus poucos prazeres, sem jamais pedir nada que a mãe não lhe desse espontaneamente. Hoje era um funcionário graduado e respeitado numa transportadora, braço direito do patrão. Imaculada orgulhava-se dele, um menino abençoado por Deus. Gabriel, o terceiro, coitado, morreu muito jovem, menino ainda. Pegou uma infecção que virou septicemia, e Deus o chamou cedo demais para mostrar a que tinha vindo. Já o caçula, o Luizinho…
Imaculada franziu a testa, contrariada, tentando imaginar onde estaria o irmão caçula. Estaria bem de saúde? De vida? Estaria vivo, que Deus o perdoe? Nunca compreendeu como, naquela família tão devota, foi nascer aquela ovelha negra. Desde pequenino já exibia sinais de sua má índole: manhoso, preguiçoso, manipulador. Era inteligente, sem dúvida, mas usava esse dom para fins nada louváveis. Mentia e extorquia o mirrado dinheiro da mãe sem o menor escrúpulo. Imaculada aprendeu a reconhecer suas manhas e passou a confrontá-lo, a tentar emendá-lo, apenas para descobrir que era tarde demais. O menino já se fazia homem, e manipulava a mãe de uma forma que a pobre senhora não percebia – ou fingia não perceber – o que ele se tornava. As drogas e as más companhias foram uma consequência lógica. Imaculada orava por ele constantemente, mas Deus parecia reservar sua Graça para filhos mais merecedores. Certo dia, depois que a mãe não se levantava mais da cama e Luizinho percebeu que a fonte do dinheiro fácil secava, juntou suas coisas e sumiu no mundo. Imaculada pedia a Deus, apesar de tudo, que tivesse piedade e que olhasse pelo irmão desgarrado do rebanho.
Bem, ficou ela na antiga casa, e a mãe. Durante um tempo viveram naquela calmaria que acontece entre uma tempestade e outra, porque no fundo você sabe que a felicidade se esfuma fácil, vai acabar na brisa da próxima adversidade. Imaculada nunca trabalhou fora. A pensão que a mãe recebia dava para seus remédios e para as despesas básicas da casa, num equilíbrio frágil, mas Deus sempre foi misericordioso e as duas passavam dignamente de um mês a outro. Até que piorou o câncer, as consultas médicas aumentaram, os exames também, e alguns o plano não cobria. E os remédios, muito caros. Divino ajudava, mas ele também tinha suas limitações e seus compromissos.
O terreno da casa era grande. O pai havia adquirido quando ainda não existia nada ali além de mato, quando o antigo leprosário foi loteado e levou ao que viria a ser, no futuro, o bairro de Santa Tereza. Agora, o bairro inteiro havia engolido a propriedade. Esta incluía a casa velha e um enorme pomar, que se esticava até a rua de trás. Com a dificuldade econômica, começaram a fatiá-lo. Primeiro, venderam o lote de um lado; depois, do outro lado, para o pai do Tadeu, que Deus o tenha, o pobre não tinha culpa do traste que criou, e que agora assombrava sozinho a casa, a vizinhança inteira e a pobre Imaculada.
O dinheiro, apesar de tudo, deu para que a mãe passasse seus últimos dias com dignidade, graças a Deus. Mas aí Imaculada ficou sozinha. Olhando para trás, não se arrependia. Podia ter estudado. Podia ter trabalhado. Podia ter conhecido um homem bom e constituído família. Mas sua missão, ela sabia, era outra. Seu nome era o mesmo da Virgem, o que era um sinal. Deus a havia escolhido para cuidar da família, do pai, depois da mãe. Ajudou como pôde a encaminhar os irmãos. E agora, quando Imaculada abria a porta da cozinha que dava para o quintal, via um terreno comprido, cheio de árvores, escuro como sua perspectiva do futuro. Com a morte da mãe, Divino afastou-se ainda mais. Ele era educado para dizer, mas Imaculada sentia que ele não se sentia tão responsável por ela como era pela mãe. Talvez esperasse que ela seguisse adiante com sua vida. Mas adiante para onde?
Imaculada apanhou o facão no canto da cozinha e caminhou para o escuro, em busca de alguma lenha para o fogão. Parecia que ia esfriar. Seguiu com cuidado, pisando em folhas secas, orientada pela luz do fundo da casa às suas costas. Parou diante da borda do poço abandonado.
O céu estava claro, a lua cheia, e dava para ver toda a enorme circunferência negra da boca do poço. Nos tempos antigos, quando Imaculada ainda era criança e não havia água encanada no bairro, o poço de sua família servia toda a vizinhança, que também não era muita. Havia uma armação de madeira robusta sobre ele, e um balde que descia numa corda, Imaculada se lembrava bem. A mãe sempre dizia aos filhos que ficassem longe do poço, que era perigoso, e aos olhos de Imaculada parecia mesmo, uma enorme boca redonda, que na infância imaginava conduzir diretamente ao inferno, e não ao lençol d’água subterrâneo. Até que um dia, quando a civilização já estava se acomodando nas redondezas e o poço se tornara praticamente obsoleto, um cavalo fugido caiu lá dentro. Ninguém viu, descobriram quando começou a feder. Foi o golpe de misericórdia no poço. Seu pai o cobriu com grossas tábuas e alguns sacos de areia, e durante anos ele foi praticamente esquecido. Isso até meses atrás.
Uns homens vieram, querendo comprar o terreno do fundo para construir um prédio de apartamentos. Imaculada consultou Divino por telefone, que não se opôs. A metade do dinheiro lhe seria muito oportuna, assim como a outra metade daria uma boa tranquilidade a Imaculada. Além disso, agora sozinha, ela não precisava de tanto espaço. Sentia-se oprimida naquele enorme terreno, vazio e sem perspectiva como sua vida. O aconchego da casa e de um quintal pequeno lhe fariam bem. Ela era humilde, graças a Deus, não precisava de muito para viver os poucos anos que a Providência, certamente, lhe reservava. Depois iria ter com a mãe no terreno do Céu, pensava com um largo sorriso.
Os engenheiros vieram, mediram o terreno, demarcaram tudo, e se reuniram em volta do poço. Imaculada contou a história do cavalo. Eles retiraram umas tábuas, enfiaram máquinas, mediram tudo. Pegaram amostras da água e analisaram. Acabaram chegando à conclusão de que a melhor solução seria concretar tudo. Dar um fim oficial, verdadeiro, ao poço.
De pé ali, na escuridão, diante do círculo negro – agora que haviam retirado todas as tábuas de cima – Imaculada lembrou-se de que dali a três dias, na segunda-feira, viriam os caminhões-betoneira para jogar o concreto goela abaixo. Inclinou-se, pegou uma pedra e lançou no vazio escuro. Após alguns segundos, julgou ter ouvido o barulho fraco de algo batendo na água. Era fundo. Gastaria muito concreto. Imaculada suspirou, fechou os olhos e virou o rosto para o céu estrelado. E sua vida, teria chegado ao fundo do poço? O que ia fazer agora? Se Deus lhe desse ao menos um sinal…
Imaculada abriu os olhos e viu a luz se aproximando. Ficou paralisada, quase em choque. Era uma bola dourada, linda! Vinha descendo em zigue-zague, como se hesitasse, mas vinha em sua direção.
A mulher uniu as mãos e começou a rezar, enquanto a bola de luz, agora convertida num disco achatado, descia do lado oposto do poço, bem à sua frente. Zumbia suavemente, como uma canção de querubins. Ela sabia! Um dia Deus lhe daria um sinal, pensou, com os olhos rasos de emoção. Oh, Glória…
A luz dourada apagou-se num flash. Quando a ofuscação passou, junto com o zumbido, restou um disco prateado que parecia ser feito de metal, do qual subia uma fumaça escura. Ela estreitou os olhos, um pouco insegura. Nem na Bíblia, nem nas pinturas de nenhuma igreja, ela jamais vira imagem parecida com aquilo. Que mensagem era essa, o que Deus queria lhe dizer?
Um suave barulho de metal se esfregando em metal. Um pequeno círculo abriu-se no topo do disco, e de dentro jorrava uma luz branca, como uma porta aberta para o Paraíso. Saía também um pouco de fumaça, e do meio dela emergiu um vulto.
– Anjos! – Imaculada não conseguiu evitar a exclamação em voz alta. – É uma carruagem dos anjos do Senhor!
Ela caiu de joelhos, rezando fervorosamente. Ergueu uma vez mais os olhos e viu que agora eram dois vultos, que desciam do disco prateado e caminhavam cautelosamente em sua direção. Sob a luz da lua, viu que eram pequenos. Não deviam ter mais de meio metro de altura. Os corpos eram delicados, os membros finos como gravetos, e a cabeça parecia ser grande para o resto do corpo, um pouco desproporcional. Imaculada não viu asas, mas os anjos pareciam estar cobertos por um estranho tecido translúcido, meio prateado, que definitivamente não era deste mundo.
Dessa vez a dúvida voltou forte: ela nunca tinha visto anjos como aqueles. “Mas afinal, Imaculada”, disse a voz raivosa, no fundo de sua mente, “quantos anjos de verdade você já viu na vida? Onde está sua fé, mulher?” Foi o suficiente. Ela reiniciou a reza, ainda com maior fervor.
– O que espera de mim, Senhor? – murmurava ela, entre uma oração e outra.
Subitamente, sua mente foi inundada por imagens. Oh, maravilha das maravilhas celestiais! Os anjos estavam falando com ela, e não usavam a voz. Falavam diretamente à sua alma! Junto às palavras, transmitiam uma sensação de paz.
Ela compreendeu. Havia algum problema com sua carruagem. Eles baixaram à Terra em busca da misericórdia dos homens, para que pudessem seguir em sua missão sagrada. Imaculada viu a imagem de um cubo de onde emanava uma luz roxa, que ela soube, instantaneamente, que poderia ser carregado com eletricidade, e com ele os anjos poderiam consertar o problema ocorrido em seu veículo. Eles pediam que Imaculada lhes permitisse recolher energia elétrica em sua casa, e em troca ofereciam presentes. Ela viu imagens de artefatos cuja função não conseguia compreender bem, mas a impressão que ficava era de que seriam coisas muito boas, que trariam um conforto inimaginável para as pessoas deste mundo.
“Será uma honra, uma honra!”, respondeu ela em pensamento, estendendo um braço na direção de sua casa.
Imaculada caminhou à frente. Não ousava olhar para trás, mas as suaves pisadas nas folhas secas indicavam que os anjos a seguiam. Ela entrou na cozinha e apontou para uma tomada junto ao chão. Os dois anjos ajoelharam-se em trono dela, e depositaram no piso o cubo arroxeado que ela vira em sua mente. Logo uma claridade em forma de feixe começou a emergir da tomada, penetrando no cubo, que começou a pulsar e brilhar mais forte. Um dos anjos, de vez em quando, virava seu rosto na direção dela, como se a observasse com a mesma curiosidade com que ela os fitava.
Agora, sob a luz abundante da cozinha, as dúvidas começaram a retornar, dessa vez mais fortes. Eles não pareciam anjos. A pele era amarelada e parecia pegajosa, como a de uma rã. A cabeça grande e arredondada não tinha pelos, e os olhos eram duas elipses grandes, negras, sem pupilas. Não havia nariz nem orelhas, e a boca mal era visível, um fino traço horizontal próximo ao queixo, este fino e triangular como uma ponta de flecha. Deus, em Sua infinita beleza, criaria seres assim? Ela orava, esperava por um sinal divino, mas aqueles seres não lhe trouxeram nada parecido. Pelo contrário, apenas pediram que ela os servisse. Olhando melhor, à luz da cozinha, eles mais se pareciam com demônios do que com anjos, que Deus me perdoe.
Por um instante uma onda de pavor, diante da perspectiva da blasfêmia, ameaçou afogá-la. Mas outro pensamento, como um poderoso anzol, a enganchou e puxou para a tona: talvez eles não estivessem descendo do céu na direção dela, mas sim do poço. O poço, que ela suspeitava levar diretamente ao inferno. Diante da mulher indefesa, os demônios se detiveram para tentá-la com promessas e amizade. Uma alma a mais para o Senhor das Profundezas.
Imaculada entendeu. Tentação! Ali estava a mensagem do Senhor. Ali estava o desafio com que Deus testava de sua filha devota. Os olhos vidrados da mulher caíram sobre a lâmina do facão de cortar lenha, que ela ainda segurava com firmeza na mão direita.
Foram dois passos e um golpe. Ela nem sequer sentiu o impacto da arma afiada contra o corpo esquálido do demônio, que se dividiu em dois, seu sangue amarelo fluorescente respingando na parede e escorrendo pelo chão. Sangue amarelo fluorescente! Sangue de demônio!
Imaculada sorriu, mais convicta do que nunca. O outro demônio, diante da cena terrível, caiu contra a parede e ergueu o braço fino como se pedisse clemência. Quando Imaculada ergueu novamente o facão ele emitiu um zumbido agudo, que se encerrou de maneira brusca quando seu pequeno crânio girou pelo ar, separado do resto do corpo.
Imaculada permaneceu de pé por um tempo incerto. A respiração ofegante, o sangue martelando nas têmporas. Ela jamais se sentira tão excitada, pela glória do Senhor! Apanhou um saco de estopa e recolheu os restos mortais dos demônios, assim como sua caixinha de luz roxa infernal. Resoluta, caminhou até o poço e atirou dentro dele o saco.
– Voltem para seu Mestre – rosnou entre dentes, – e digam que aqui vive uma serva fiel de Deus Todo-poderoso.
Seus olhos pousaram sobre o disco prateado, que agora também parecia morto, na beirada do poço. Caminhou até ele e, com cuidado, tentou erguer sua borda fina. Era mais leve do que imaginara. Conseguiu apoiar o disco sobre a mureta baixa que cercava o poço. Com algum esforço, ergueu a borda oposta e empurrou. A coisa deslizou sobre a mureta e despencou na escuridão. Dessa vez, no silêncio da noite, o barulho foi maior, metal se chocando contra as paredes de tijolo até parar lá no fundo, com um baque abafado. Do quintal ao lado, por sobre o muro que, naquele ponto, era mais alto, ouviu a voz de Tadeu:
– Vai dormir, prostituta! Deixa a vizinhança em paz! – seguida de uma risada.
Toda sexta à noite era assim. Ele enchia a cara de cachaça e apagava, às vezes no quintal, às vezes na varanda mesmo. Uma alma perdida para o vício. Só Satanás aceitaria acolher aquele pobre-diabo. Imaculada olhou de relance para o facão que ainda pendia ao lado do seu corpo, brilhando com o sangue sobrenatural amarelado dos demônios. Sorriu. Ninguém sentiria falta de Tadeu tão cedo, pois ele vivia sozinho, não tinha amigos nem família. Olhou para a boca escancarada e faminta do poço escuro. Depois de segunda-feira, então, seria tarde demais. Ninguém o encontraria, nem se procurasse muito. O concreto estava a caminho.
Imaculada retornou à cozinha e sentou-se diante do relógio, limpando distraidamente a lâmina do facão com uma estopa. Esperaria mais uma hora, para garantir que ele estivesse mesmo apagado, e o movimento diante da casa fosse menor. Seria mais silencioso e discreto.
De repente, o telefone tocou. Ela atendeu, a voz mergulhando na distância, quase em torpor. Após um breve silêncio, alguém disse:
– Irmã?
Imaculada ficou confusa por um momento. Não era a voz de Divino, era mais aguda, mais jovem. Ela arregalou os olhos, surpresa, e perguntou:
– Luizinho?
– Sou eu, irmã. Não te vejo desde a morte da mamãe. Sabe como é, essa coisa de família. Cedo ou tarde a saudade tortura a gente. Queria te ver…
Luizinho, a ovelha perdida. Saudade? Pois sim! Era o mesmo canto de sereia, o mesmo veneno destilado que ela ouvira tantas vezes, atormentando a mãe. Certamente precisava de dinheiro. Imaculada sorriu e apertou os olhos, em mais um arroubo de êxtase. Como Deus era bom! Finalmente sua missão estava clara e, em Sua bondade, o Senhor jogava Sua luz sobre seu caminho, facilitando seus passos. Afinal, lembrou-se, o concreto só cai no poço na segunda-feira. Ela sorriu e respondeu com voz doce, ao telefone:
– Claro, querido. Venha almoçar aqui no domingo.
Os olhos de Imaculada, injetados, brilhavam refletidos na lâmina do facão.
Flávio Cesar de Medeiros Jr. nasceu e vive em Belo Horizonte (MG), com sua esposa e filhos. Muito cedo decidiu que seria médico por profissão e escritor como hobby, ou escritor por profissão e médico como hobby. Como a segunda opção dá cadeia, optou pela primeira. Formou-se em Medicina pela UFMG, especializando-se em Oftalmologia. Escritor de literatura fantástica, tem três romances publicados: “Quintessência” – 2004; “Casas de Vampiro” – 2010; “Homens e Monstros – A Guerra Fria Vitoriana” – 2013. Participa também com contos e noveletas em mais de quinze antologias. Vencedor do Prêmio Argos 2012 (Melhor História Curta), segundo lugar no Prêmio Hydra (2012) e segundo lugar no XXII Concurso Nacional de Contos Petros (2012), é membro do CLFC (Clube de Leitores de Ficção Científica) e da SFWA (Science Fiction & Fantasy Writers Association). Ultimamente virou youtuber do fantástico, com o canal “Nerd Wars”
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